domingo, 15 de maio de 2011

Odontofobia: por que tantos têm medo de ir ao dentista?

Muitos temem o "motorzinho" e só de ouvirem o barulho da broca já começam a sentir pânico. Outros quando imaginam o dentista mexendo dentro de suas bocas com todos aqueles aparatos querem sair correndo. Tremedeira, respiração ofegante, frio na barriga, taquicardia e suor. São reações comuns a pessoas que têm fobia de dentistas. E não são poucos os que sofrem da 'odontofobia'. Estudos indicam que 15% a 20% dos pacientes têm medo de ir ao dentista no Brasil.

Para o especialista em periodontia e mestre em diagnóstico bucal Doutor Chrstian Wehba é muito comum alguns pacientes apresentarem medo de ir ao dentista. "Uma das explicações prováveis é que antigamente os métodos utilizados eram desconfortáveis. Agulhas grossas para anestesias, por exemplo, ajudou a fazer a visita ao dentista um sinônimo de dor. Mas isso uma cultura antiga que não condiz mais com os dentistas de hoje", afirma Wehba.

Mas mesmo com toda a modernização dos instrumentos utilizados pelos profissionais, algumas pessoas continuam tendo a chamada odontofobia. A explicação pode ser porque o indivíduo vivenciou alguma experiência traumática na infância ligada, principalmente, a dor. "Uma situação bastante comum são pais que passam seu temor de dentista para os filhos. Pesquisas mostram que metade das crianças que sentem medo de dentista é porque os pais também o sentem e relataram histórias ligadas a dor para elas", explica Dr. Christian.

Mas hoje em dia, existem vários métodos que procuram diminuir a odontofobia e o estresse em pacientes. Especialistas na área estão desenvolvendo técnicas avançadas para serem utilizadas nos consultórios. Segundo o periodontista Wehba um caminho interessante é a criação de um vínculo afetivo. Abrir espaço para conversas sobre vida pessoal, família e trabalho é uma ótima maneira de se aproximar e inspirar confiança. 

Uma técnica que vem sendo utilizada recentemente é a sedação consciente ou analgesia inalatória, realizada com óxido nitroso (N2O) e oxigênio (O2). O método tem a função de acalmar e tranqüilizar o paciente antes de iniciar o tratamento.

"Um outro fator que notamos que gera temor nos pacientes é a sensação do desconhecido. Por isso, explicar exatamente tudo o que está sendo feito, se vai doer e o porque disso, ajuda a melhorar o medo das pessoas", explica o odontopediatra da Wehba Odontologia, Marcos Kneese-Flaks.

Mas há casos em que nem as conversas francas ou a confiança no profissional são suficientes. Em casos de síndrome do pânico ou fobia aguda, o correto é encaminhar a pessoa para uma avaliação com um psicólogo ou psiquiatra. O ideal é fazer um trabalho em conjunto com esses profissionais, já que, enquanto não superar o problema, o paciente não conseguirá se submeter ao tratamento odontológico. 

Chritian Wehba é dentista com especialização em Periodontia e formação em Implantodontia. À frente da Wehba Odontologia desde 1995, o profissional é mestre em Diagnóstico Bucal pela UNIFESP - Centro de Diabetes. Com experiência em atendimento de pacientes diabéticos e necessidades especiais, Wehba também é coordenador do setor de odontologia do Serviço de Saúde do Corpo Discente da Escola Paulista de Medicina. Atualmente trabalha como coordenador da disciplina de Periodontia da UNICASTELO. Christian é membro da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), FDI e SOBRAPE (Sociedade Brasileira de Periodontologia). Possui diversos estudos publicados em jornais e revistas científicas, além de já ter ministrado cursos e palestras em congressos sobre periodontia. 

Fonte: Max Press Net

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