sábado, 21 de maio de 2011

VISITA NA APAE



VISITA NA APAE

MOVIMENTO APAEANO: A MAIOR REDE DE ATENÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
           As raízes históricas e culturais do fenômeno "deficiência" sempre foram marcadas por forte rejeição, discriminação e preconceito. E, diante da ineficiência do Estado em promover políticas públicas sociais que garantam a inclusão dessas pessoas, surgem famílias empenhadas em quebrar paradigmas e buscar soluções alternativas para que seus filhos com deficiência intelectual ou múltipla alcancem condições de serem incluídos na sociedade, com garantia de direitos como qualquer outro cidadão. 
            Nesse contexto, surgiram as primeiras associações de familiares e amigos que se mostraram capazes de lançar um olhar mais propositivo sobre as pessoas com este tipo de deficiência. Convivendo com um Estado desapercebido das necessidades de seus integrantes, tinham a missão de educar, prestar atendimento médico, suprir suas necessidades básicas de sobrevivência e lutar por seus direitos, na perspectiva da inclusão social.
            Essa mobilização teve que contar com o apoio de vários profissionais que, acreditando na luta dessas famílias, empreenderam estudos e pesquisas, buscaram informações em entidades congêneres no exterior, trocando experiências com pessoas de outras nacionalidades que também sofriam a imposição de um sistema capitalista que tendia a aniquilar as pessoas "descapacitadas".
            Foi então que, no Brasil, essa mobilização social começou a prestar serviços de educação, saúde e assistência social a quem deles necessitassem, em locais que foram denominados como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), constituindo uma rede de promoção e defesa de direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, que hoje conta com cerca de 250 mil pessoas com estes tipos de deficiência, organizadas em mais de duas mil unidades presentes em todo o território nacional.
Toda essa mobilização em torno da pessoa com deficiência, impulsionada pela Declaração dos Direitos Humanos, que culminou na criação das Apaes e, com a expansão desta iniciativa Brasil afora, convencionou-se a tratá-la como o "Movimento Apaeano".

APAE- Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais        
           
            Quinta feira, 19 de maio de 2011, o professor Francisco Santos da Faculdade Leão Sampaio nos levou para  conhecermos  a APAE em Juazeiro do Norte. Ao chegarmos lá fomos recepcionados pela coordenadora da associação, onde nos explicou como é o seu funcionamento. Ela disse que não são só crianças com síndrome de Daw que freqüentam,mas também crianças com outras deficiências mentais. Falou que recebe muitos trabalhos voluntários e que não é só pessoas do Juazeiro que freqüentam, recebe pessoas de outras cidades também. Sobre o atendimento a associação, ela disse que e composta por psicólogo, fonoaudiólogo, clinico geral, fisioterapeuta, assistente social, mas que o atendimento odontológico é feito nos postinhos dos bairros, eles apenas encaminham, não tem dentistas na APAE. Em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS), ela disse que recebe uma parte das verbas e a outra é paga pela associação.
            As crianças nos receberam com uma linda apresentação de dança.Fiquei muito encantada com o carisma e desempenho deles dançando,nos mostrando suas capacidades, que não são diferentes de ninguém, que podem fazer tudo normalmente. Me fez refletir sobre como existem pessoas que se reclamam de tudo tendo tudo, que não dão valor a vida, e aquelas crianças que apesar de todas as dificuldades, preconceitos, são felizes! Quando aplaudíamos eles ficaram muito felizes, com um lindo sorriso sincero de felicidade.
            Depois da apresentação saímos de sala em sala conhecendo o trabalho dos professores com os alunos. Conhecemos a parte infantil, onde pude ver o carinho e a paciência da professora com as crianças  com síndrome de Daw. Visitei salas com artes, pinturas, teatro que eles elaboram. Mas o que mais me chamou atenção foi uma banda musicalcomposta por eles, o cantor, baterista e vários outros instrumentos e o interessante e que eles não se envergonharam com nossa presença continuaram cantando e quando terminaram de cantar, nós aplaudimos. Tudo  isso nos prova que ser diferente e ser normal, o que importa e ser FELIZ!
"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças" (Mantoan)

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